Defensores ardorosos de computadores Mac são chamados de Macmaníacos. E chamam os usuários de PCs de PCzistas. Nessa guerra, que muitos se portam como se fosse uma religião, sobram os usuários comuns, que optaram por esse ou aquele computador de acordo com suas necessidades, e não suas convicções. E que, obviamente, conhecem os dois lados da moeda.
A diretora de arte, Renata Delábio, por exemplo, trabalha com um iMac mas em casa usa um PC. No geral, ela prefere o computador do sistema Windows em detrimento aos Apple. "Para tarefas do dia-a-dia, uso o PC, por uma questão de costume. Para trabalhos profissionais, uso o Mac. Mas no fundo, não vejo grande diferença, já que os resultados que ambos oferecem é praticamente o mesmo", diz.
Para exemplificar sua teoria, a diretora de arte usa o Photoshop, programa gráfico. "Há alguns anos, os Mac eram melhores e mais rápidos para trabalhar com ele. Hoje em dia, um bom PC trabalha tão bem com o Photoshop quanto um iMac. As respostas são boas em ambos e o resultado final, profissionalmente falando, é idêntico."
O redator publicitário Alexandre Peregrino, que também usa um iMac no trabalho e um PC em casa, não sabe definir qual é o melhor graficamente. Mas defende que, por ter se acostumado com os ambientes Mac, tem mais facilidade com eles. "Há alguns anos, eles davam muito conflito, principalmente com rede e internet. Hoje em dia, isso não existe mais. Como me acostumei ao Leopard, prefiro", conta. "Mas uso o PC naturalmente e somente tenho de recorrer a ele quando, eventualmente, algum site que tento entrar não responde."
O músico Renato Zanuto é outro caso raro de usuário de ambas as plataformas. Ironicamente, ele realiza tarefas "trocadas" nas máquinas. Seu iMac é usado quase que exclusivamente para navegar na web. Já o PC, superequipado, é usado para realizar tarefas que exigem robustez, como trabalhar com arquivos de áudio, mixagem, edição.
"Comprei o Mac em uma viagem ao exterior. Como entendo pouco de computador, optei por ele porque disseram que era fácil de operar. Achei bonito e barato —se comparado com o preço do Brasil— e comprei. Hoje, uso quase que somente para a web", diz. "O PC uso para trabalhos profissionais. Sabia que precisava de uma máquina robusta para essa tarefa, mas que se fosse, na época, comprar um Mac com os mesmos requisitos de hardware que comprei o PC, pagaria o triplo."
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