Assim que as USB começaram a aparecer em PCs, elas ficavam posicionadas na parte posterior do gabinete. Com o tempo —e com a iniciativa da Apple de equipar seus Mac com portas frontais&msdash; eles chegaram à frente dos gabinetes dos computadores.

Nos microsystems, as portas USB estão devidamente posicionadas na frente dos aparelhos, permitindo fácil acesso aos usuários e seus pendrives, MP3 players e celulares.

Na primeira utilização dos microsystems avaliados pelo UOL Tecnologia, foi possível notar que a usabilidade impera nos modelos Philips MCM 279/55, Toshiba MC855 MUS, Sony CMT HX50BRT e Panasonic SC AK770.

Agregar as músicas dos equipamentos portáteis aos microsystems é tarefa fácil. De forma plug and play, assim que se conecta um pendrive, por exemplo, ao microsystem, ele rapidamente identifica as músicas e arquivos armazenados e pode reproduzi-los sem dificuldade.

Entretanto, com as músicas sendo executadas, o Panasonic é disparado o com melhor potência de som (são 700 w RMS). Se tamanho é documento na questão sonora, o equipamento não deixa a desejar.

Ele tem, além das duas caixas acústicas, um subwoofer que chega a meter medo em usuários menos experientes (trata-se de uma caixa para graves de 10", com 200 watts RMS, que reproduz freqüências baixas com mais exatidão).

De fato, para usuários comuns, mesmo que fãs de música, o quatro equipamentos não deixam a desejar. Sendo que a diferença entre eles reside nos detalhes. No quesito potência do som, depois do Panasonic, surgem o Toshiba (170 w RMS) e o Sony (100 w RMS), que reproduzem fidedignamente músicas de boa qualidade em MP3. Por fim, está o veterano Philips, com 60 w (RMS), perfeito para ambientes fechados mas que deixa a desejar em ambientes abertos.

Ainda do ponto de vista de interação com os arquivos musicais em MP3, há outro empate. Os quatro modelos avaliados pela reportagem têm suporte a tag ID3, que detém as informações do arquivo (nome do autor, número da faixa, disco em que foi gravada etc).

Quando os microsystems reproduzem músicas sem a tag identificadora, o usuário fica às cegas —para evitar isso, é indicado renomear as tags dos arquivos sonoros com programas adequados, como o bom GodFather.

Arquivos problemáticos

É bastante comum que músicas em MP3 estejam registradas em diferentes qualidades. Para ouvidos não muito perfeccionistas, arquivos musicais com 128 kbps são o ideal para escutar. Eles têm qualidade pouco inferior ao áudio de CDs e, em média, "pesam" 1 MB a cada 1 minuto de música.

Para avaliar como os microsystems se portam com áudio digital diretamente nas fontes mais populares (players e celulares) a reportagem reproduziu neles áudios em diferentes qualidades —alguns até mesmo problemáticos. Foram escolhidas músicas com taxas de 64 kbps, 96 kbps, 128 kbps e 320 kbps.

Como resultado, um quádruplo empate novamente. Nenhum dos microsystems faz milagre e, como esperado, arquivos de 128 kbps e 320 kbps são reproduzidos com boa qualidade pelos quatro modelos.

O "96 kbps" toca de forma aceitável, sendo que ao aumentar o volume dos quatro aparelho e regular os índices de grave (todos eles oferecem equalizadores), a experiência auditiva melhora sensivelmente.

Já o "64 kbps" é um caso perdido e, da mesma forma que é reproduzido nas caixinhas de som de um PC com um kit multimídia de baixo custo, sua performance lembra algo sendo veiculado em uma emissora AM.

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