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26/05/2008 - 07h00

Primeiro passo para a preservação ambiental é dado na hora da compra dos eletrônicos

IBERÊ THENÓRIO | Para o UOL Tecnologia
A compra de um equipamento eletrônico pode ser o momento em que um indivíduo tem a maior oportunidade de minimizar o seu impacto ambiental. Isso acontece porque o processo de fabricação dos componentes eletrônicos pode ser extremamente danoso à natureza, utilizando matérias-primas não renováveis e materiais tóxicos, expelindo grandes quantidades de gases poluentes e não se preocupando com o descarte que pode ser dado ao produto quando ele não servir mais.

"Quanto mais avançado tecnologicamente é um equipamento, mais houve consumo de água, energia e matéria prima na sua fabricação", relata a gerente do comunicação e conteúdo do Instituto Akatu, Andréa Wolffenbüttel. "Questione se você realmente precisa comprar o equipamento. Veja se você não pode fazer um upgrade, evitando que novos computadores sejam fabricados.", aconselha.

Certificação

Quando a compra não pode ser postergada, uma atitude sugerida pelo supervisor de TI da ONG WWF-Brasil, Gerlan Ferreira, é a de comprar apenas produtos que tenham o selo ISO 14000. "O ISO 14000 é uma certificação que mede os processos ambientais dentro das empresas. Isso é uma garantia um pouco maior [de que a empresa respeita o meio ambiente]", explica.

Entre as normas que devem ser seguidas pelas companhias que adotam o ISO 14000 estão o respeito às leis ambientais e a comunicação à sociedade das mediadas adotadas para minimizar o impacto sobre o planeta.

Guia verde

Desde 2006, a ONG Greenpeace divulga periodicamente um ranking avaliando as políticas de manejo de produtos tóxicos e de reciclagem adotadas pelas maiores empresas da indústria eletrônica.

Na última edição, lançada em março, são listadas 18 empresas. A sul-coreana Samsung figura no topo da lista. De acordo com o Greenpeace, a empresa eliminou os piores produtos tóxicos de seus eletrônicos, além de ter um bom programa de reciclagem. Seguem a sul-coreana, no topo da lista, as empresas Toshiba, Nokia e Sony.

Em último lugar ficou a japonesa Nintendo, por não ter boas políticas para a substituição de componentes tóxicos. No final da lista também figuram Philips, Microsoft e Panasonic.

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