21/05/2009 - 07h00

Coloque mais potência no som do PC ou MP3 player com caixas que custam menos de R$ 500

DANIEL ANDREAZZI | Para o UOL Tecnologia Há uma diferença perceptível quando escutamos música em um show ou concerto, ou quando escutamos música em casa. Principalmente porque em um show, por exemplo, sentimos a vibração da música.

Quando a reprodução de música ainda dependia de formatos físicos, como os cassetes, LPs e CDs, os grandes aparelhos de som até que davam conta do recado. Mas aí vieram os formatos digitais de música e os alto-falantes de computadores ou dockstations não se mostraram muito competentes para reproduzir o som que vibra.

Essa vibração existe graças aos subwoofers, um tipo de altofalante específico para a reprodução de sons de baixa frequência. Com eles, a música facilmente preenche um ambiente. Criados na década de 1960, eles ficaram populares principalmente após o lançamento do filme Terremoto, em 1974 (com a instalação de um sistema chamado Sensurround em algumas salas de cinema dos Estados Unidos).

Nos sistemas de home theater, são eles os responsáveis por sons de explosões. Nas músicas, os sons mais graves —em uma banda, por exemplo, os produzidos pelo baixo e bateria, principalmente pelo bumbo e o surdo.

Para ajudar você a aproveitar o potencial dos graves de sua música (e até dar uma turbinada no som da sua festa), o UOL Tecnologia testou seis sistemas de som 2.1 —a maneira de indicar a existência de um subwoofer junto a caixas de som estéreo— a maioria delas caixas multimídia, o que as torna mais acessíveis ao bolso, apesar da boa qualidade de som que oferecem. Entre os produtos avaliados, estão marcas conhecidas, como Clone, Creative e Logitech, e outras nem tanto, como Altec Lansing, Divoom e Edifier. Além disso, nenhum deles custa mais que R$ 500. (Confira a descrição de cada um deles clicando no índice ao lado direito da página)

Marcas desconhecidas, som potente?

O teste mostrou que nem só de fama pode viver uma marca. O Amplificador de Som 11191 da Clone, é barato e tem uma boa potência, mas é um pouco frágil. Já o VS2521 da Altec Lansing e o e3300 da Edifier provam que existem boas marcas que ainda precisam ser descobertas (pelo menos em terras tupiniquins). O Revo-3 da Divoom, por exemplo, é o mais potente de todos e demonstra confiabilidade.

Também existem os casos em que fama e qualidade se encontram na relação custo-benefício em um mesmo conjunto de subwoofer e satélites (um par de alto-falantes estéreo), como no modelo I-Trigue 3330 da Creative e no X-240 da Logitech. Um pouco mais caro (R$ 469), o da Creative é mais robusto e um pouco mais potente (29W, contra 25W do Logitech). Com acabamento mais simples, mas ainda assim bem feito, o da Logitech é mais barato (R$ 379).

Os campeões

Neste teste, quem se deu melhor foi o e3300, da Edifier, com seu design diferente (e que pode parecer um tanto esquisito), alta potência (50W) e robustez —no entanto, foi o aparelho mais caro entre os testados (R$ 499). O melhor custo/benefício ficou para o VS2521 da Altec Lansing, que oferece quase a metade da potência (28W), mas também é bonito e custa a metade do preço (R$ 249).

Na lanterna

Na outra ponta, o SP-3200 da Trust, o menos potente (14W) e mais barato (R$119), que deixou a desejar quando seus satélites (um par de caixas acústicas estéreo) distorceram um pouco a música e pareciam mais um tweeter (altofalante dedicado às frequências muito altas, que produzem sons mais agudos). O Clone 11191 proporcionou um som de boa qualidade (25W de potência), mas mesmo assim ficou com o pior custo/benefício, pois veio com falhas no acabamento e não custa tão pouco (R$ 269).