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26/05/2009 - 07h06

Padrões internacionais devem ser observados na importação de eletrônicos

SÉRGIO VINÍCIUS | Para o UOL Tecnologia
Antes de importar um produto eletrônico, é importante observar as características regionais de cada um deles. As empresas costumam criar proteções ou desenvolvê-los de acordo com características locais que podem impedir o bom funcionamento deles no Brasil.

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É possível, por exemplo, um Wii comprado na Alemanha não reproduzir os jogos em colorido. Ou, ainda, que um DVD não rode filmes em CDs gravados no Brasil. Abaixo, você confere alguns dos principais eletrônicos do mercado e que cuidados observar antes de importá-los.

Blu-Ray

Os aparelhos de Blu-Ray é produzido e codificado por regiões nomeadas por A, B, C e ABC. Um Blu-Ray da A apresenta erro de leitura quando usado em discos da B. Idem com discos da C. Somente o aparelho referente à região ABC funciona em discos de qualquer parte do mundo.

A região A compreende América do Norte, América do Sul e Ásia (com exceção da China). B se refere Europa, Oriente Médio, África e Oceania.
C, China, Rússia e Sul da Ásia. Assim, para usuários do Brasil, o ideal é comprar Blu-Ray A ou ABC, já que é mais fácil encontrar discos neste formato no país.

DVD

O aparelho de DVD também é dividido por regiões. O Brasil está na 4 e, assim, o internauta deve comprar aparelhos que se refiram a essa região. Ou, ainda, à 0, que é lida em qualquer local do planeta.

As outras regiões são 1 (EUA e Canadá), 2 (Europa ocidental, Groenlândia, África do Sul, Lesoto, Japão, Egito e Oriente médio), 3 (Sudeste asiático, Coréia do Sul, Macau, Hong Kong, Indonésia, Filipinas, Taiwan).

Além do Brasil, na região 4 há Austrália, Nova Zelândia, México, América Central e América do Sul. 5 está em Rússia, países da ex-União Soviética, Europa de leste, subcontinente indiano, Mongólia. 6 se refere à República Popular da China.

Além de comprar o DVD compatível com a região 4, outra opção é desbloquear o aparelho.

Videogames

Um dos maiores problemas que um console de videogame pode dar ao usuário é com relação à compatibilidade com a TV. Embora o Brasil tenha adotado o padrão digital, a maior parte dos televisores brasileiros funciona no sistema Pal-M. A América do Norte trabalha no NTSC. E outras partes do planeta com Secam.

Assim, ao importar um videogame, deve-se considerar consoles que funcionem sob o padrão PAL-M, porque, do contrário, vários conflitos podem ocorrer: o menor deles, a imagem aparecer em preto e branco. O maior, a impossibilidade de rodar games.

Além disso, boa parte dos consoles hoje em dia trabalha com discos de DVD e de Blu-Ray. Logo, deve ser observada a região de acordo com o Brasil. Como ele também roda DVDs, a mesma preocupação deve ser tomada. No caso, ele deve ser compatível com as regiões A (Blu-Ray) e 4 (DVD).

Celulares

Importar um celular é tarefa simples. O usuário deve se preocupar em comprar um modelo destravado e compatível com a tecnologia adotada no Brasil. Como está em voga no país a 3G, deve-se optar por telefones sob esta tecnologia.

Na Ásia, na Europa, no Canadá e nos Estados Unidos, há cerca de 100 terminais designados para operar as redes 3G. Na Europa, os serviços 3G foram introduzidos em 2003, começando pelo Reino Unido e Itália.

É importante também verificar em qual freqüência o aparelho funciona e se ela está de acordo com a freqüência adotada no Brasil e por sua operadora.

No lançamento do iPhone, o telefone da Apple, muitos usuários brasileiros compraram e trouxeram ao Brasil o equipamento - que era travado, somente para funcionar com a operadora AT&T, nos Estados Unidos. Em poucas semanas, os usuários começaram a destravar o aparelho, que começou a funcionar com chips Claro, TIM e Vivo, por exemplo.

O mesmo pode ser aplicado a quase qualquer celular 3G importado.

Volts

Hoje em dia, muitos equipamentos têm carregadores bivolts, o que os tornam compatíveis com correntes 110/220 V. Entretanto, ainda há uma série de eletrônicos que não conversam com várias voltagens. Antes de optar pela importação, verifique como funciona o sistema de alimentação.

No Brasil, como se sabe, a voltagem varia entre 110 V e 240 V. Nos Estados Unidos, a voltagem padrão é a 120 V. Europa e Japão, respectivamente, trabalham com 230 V e 100 V.

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