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09/04/2010 - 07h01

Chip para tênis Nike funciona como treinador eletrônico, mas não mede batimentos

ANNA CAROLINA MELLO||Para o UOL Tecnologia
  • Flávio Florido/UOL
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Ao comprar um chip Nike Plus, mais do que monitoramento, o consumidor adquire um consultor eletrônico de treino. Feito apenas para corredores – de esteira ou de rua – ele pode ser usado por atletas com os mais diferentes níveis de evolução na modalidade, até mesmo por quem está começando e só caminha.

De todos os produtos que testados pelo UOL Tecnologia, ele é o mais descomplicado: economiza na quantidade de acessórios, é bastante intuitivo e a configuração, explicada no site passo a passo, é simples e rápida.

O aparelho, essencialmente, é um chip que se acopla ao tênis – Nike, é claro. Ele mede a freqüência de passadas, calcula velocidade e tempo. Mas não faz nada sozinho. Ele precisa transmitir os dados da corrida para o SportBand, uma pulseira especial, cujo visor é uma espécie de pendrive: com uma saída USB escondida, ele pode ser removido e ligado ao computador.

Com preço sugerido de R$ 350, a pulseira foi testada pelo UOL Tecnologia, mas quem tiver um iPod nano, um iTouch ou um iPhone e gostar de correr ouvindo música pode usá-los como alternativa ao receptor de dados e comprar apenas o chip e um pequeno transmissor, que juntos custam R$ 99.

Antes de começar o primeiro treino, é preciso cadastrar um perfil no site www.nikeplus.com e fazer o download do software. Com informações como peso, altura, sexo e nível de condicionamento físico, fica registrado um perfil, que espera o cadastramento da primeira corrida para começar a orientação. Depois de descarregadas as primeiras informações captadas no treino, o site pede que você faça uma avaliação, diga como se sentiu e indique seus objetivos.

Para quem quer começar a correr, aumentar velocidade ou treinar para uma maratona, ele sugere um programa de metas específico, que pode ser seguido à risca ou adaptado. Se não recebe dados de corridas nas datas previstas por esse plano, o “treinador eletrônico” cobra assiduidade e motiva. Uma comunidade virtual com fóruns e competições também ajuda o atleta a se comprometer.

No entanto, quem quiser focar em gasto calórico ou melhora de condicionamento precisa se apoiar em dados que são resultado do cruzamento das informações fornecidas antes, na elaboração do perfil, com a velocidade e o ritmo das passadas. Sem medidor de freqüência cardíaca, é imprecisa a estimativa de calorias gastas e de faixas adequadas de freqüência de batimentos cardíacos – como acontece uma esteira sem sensores.

Outra desvantagem do Nike Plus é a dependência de outros produtos. É obrigatório ter um modelo novo de tênis Nike, para encaixar o chip dentro do solado. E os corredores que gostam de música e têm um tocador de MP3 que não seja Apple precisam somar a pulseira SportBand aos acessórios de corrida. Apesar não atrapalhar o treino por ser leve e bem pequena, é mais um ônus.

Quem não se incomodar com a imposição do calçado, já tiver um iPod ou encontrar uma boa solução para a recepção dos dados, seja com o uso da SportBand aliado a um outro MP3 player, vai ter no Nike Plus um excelente meio de acompanhar a própria evolução e ganhar motivação. É preciso apenas prestar atenção à freqüência cardíaca, ao grau de cansaço ou possível desgaste físico, para avaliar se o programa proposto precisa ou não de adaptações individuais.

Alternativa
Para fazer frente ao Nike Plus, a Adidas deve lançar no mês de abril seu próprio gadget para corrida. Assim como o concorrente, funciona com um chip acoplado do tênis, mas transmite dados para qualquer tipo de MP3 player.

O MiCoach ainda não foi liberado para testes, mas promete medir batimentos e coordenar o treino com mensagens de voz para o atleta. Para usá-lo é preciso ter um modelo de tênis Adidas compatível com o chip.

Nike Plus
Para quem é: Qualquer pessoa que goste de correr: de iniciantes a atletas.

Quanto custa: O conjunto chip + SportBand sai por R$ 350. O chip e o transmissor adaptável ao iPod saem por R$ 99,00. Soma-se a tudo isso o preço do tênis Nike compatível, que varia entre R$ 200 e R$ 500.

Pontos positivos: Funcionamento simples, fácil compreensão e design intuitivo. Oferece dados confiáveis com a excelente tecnologia de transmissão dos dados captados a cada passada do corredor. Programas de metas adequados, que respeitam características de cada perfil. Recursos para motivação.

Pontos negativos: não mede frequência cardíaca e faz estimativa de gasto calórico cruzando peso do corredor e ritmo de treino. Depende do calçado Nike para funcionar e, além da SportBand, transmite dados apenas para produtos Apple.

  • Flávio Florido/UOL

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