No que diz respeito a monitoramento e avaliação do exercício, o frequencímetro RS300X da Polar apresenta o melhor desempenho entre os aparelhos testados pelo UOL Tecnologia. Para quem está habituado à corrida, tem domínio sobre as próprias metas e consegue domar o próprio ritmo, ele é a melhor opção. O produto oferece controle preciso e detalhamento de dados, mas a parafernália pode atrapalhar principalmente os iniciantes ou aqueles para quem correr ainda não é confortável.
O preço de R$999, sugerido pelo representante da Polar no Brasil, tampouco é convidativo, principalmente para atletas de primeira viagem.
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O equipamento completo é dividido em três partes: a fita com sensores de batimentos cardíacos e transmissor, que deve ser ajustada em volta do tórax, um relógio de pulso e um localizador por GPS que pode ser preso ao antebraço ao tornozelo também por uma fita. Numa primeira utilização, idade, peso, altura e sexo são registrados no relógio. Depois, o manual pede que se faça um teste para medir o índice de oxigenação do sangue. E só quando todas as partes do aparelho estiverem devidamente configuradas e ajustadas ao corpo – inclusive depois de umedecer sensores, pode-se começar o treino.
Além de tomar um bom tempo do corredor que ainda não decorou o passo a passo, o suor produzido com a corrida e o impacto do exercício acabam por deslocar tanto a fita quanto o GPS. Não significa que, desajeitados, os aparelhos percam a eficiência. Mas há quem se irrite ora com a pressão das fitas, ora com o relaxamento excessivo delas, ora com o peso dos transmissores. Um corredor iniciante pode, inclusive, ter o desempenho prejudicado.
Outro ponto negativo é uma certa dificuldade que se apresenta nos primeiros usos. O auxílio do manual é indispensável - e ele não permite uma leitura rápida, economiza nos ícones e nos gráficos e é cheio de detalhes. Com quatro botões no relógio, é preciso decorar o que fazer para não perder tempo com tentativas e erros. O hábito resolve o problema, mas é preciso ter paciência, pelo menos, na primeira configuração.
Mas, uma vez dominado o funcionamento, pode-se ter um panorama preciso do funcionamento do corpo e da evolução a cada treino. Quem conhece os limites das próprias faixas de batimentos pode aumentar ou diminuir o ritmo da corrida quando for avisado, seja para queimar gordura ou ganhar capacidade cardiorrespiratória. Assim, pode-se ter um controle do ritmo enquanto se corre e não apenas depois, como acontece, por exemplo, com o Nike Plus. Consequentemente, é maior a garantia de um treino eficiente.
Outra vantagem é que, com base nos dados fornecidos e em função do comportamento do coração, tem-se uma idéia bastante correta do gasto calórico. As melhoras e os contratempos no histórico de treinos também podem ser comparados com os resumos de corrida que ficam armazenados e podem ser transferidos para o perfil online, no site WWW.polarpersonaltrainer.com. Sem a possibilidade de cadastrar mais de um perfil, quem quiser compartilhar o frequencímetro vai precisar baixar todos os dados antes de emprestar o equipamento e recadastrar todo perfil quando pegá-lo de volta.
Polar RS300X
Para quem é: Quem já corre há algum tempo, já está adaptado ao esporte ou necessita de um controle cardíaco preciso.
Quanto custa: R$ 999
Pontos positivos: Muita precisão nos dados monitorados, possibilidade de adequar ritmo durante o treino, armazenamento dos dados e comparação dos desempenhos.
Pontos negativos: Equipamento composto por muitas partes, que podem ficar pesadas e incômodas, design pouco intuitivo, primeira configuração complicada e impossibilidade de cadastrar mais de um perfil de usuário.