O Opera é um caso estranho no mundo dos navegadores. O soft é desenvolvido na Noruega, já foi adware e hoje é gratuito. Ele foi o pioneiro em criar a navegação por abas, é um dos mais rápidos do mercado e é tão personalizável que praticamente permite qualquer ação do usuário —até mesmo apagar acidentalmente a barra de endereços.

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E, mesmo assim, não decola: tem menos de 2% de market share. A versão 9.6 tem como ponto forte a integração entre o browser e serviços nativos da Web que a Opera Software oferece. Uma das possibilidades é exportar as características pessoais do navegador, como favoritos, feeds RSS, para a comunidade online da Opera.

O navegador, além de excelente para surfar na rede, é também uma espécie de canivete suíço. Tem aplicativo de e-mail (que não é dos melhores, se comparado a similares dedicados, como o Mozilla Thunderbird), gerenciador de download e suporte para baixar arquivos do tipo torrent.

Assim como a Mozilla, que investiu em uma campanha de marketing para o lançamento do Firefox 3 e acabou no "Guinness Book", o Opera também já teve seus momentos na mídia. Em 2005, Jon von Tetzchner, presidente da empresa, prometeu que se o Opera 8 atingisse a marca de um milhão de downloads em quatro dias, iria nadar da Noruega até os Estados Unidos.

Ele até caiu na água, mas três dias depois abortou a missão por problemas com o barco que o acompanhava.

Hoje, von Tetzchner diz acreditar que a entrada de novos navegadores no mercado, como o Google Chrome, beneficia o Opera. "Quanto mais competidores entrarem, mais facilmente as pessoas perceberão que têm escolhas, que têm alternativas", explicou o executivo ao UOL Tecnologia.

"Desde o dia que lançaram o Chrome, houve um aumento de 20% em downloads do Opera", completou ele.

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