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07/07/2009 - 20h54

Procon-SP quer que Telefônica pare de fazer venda casada de seus produtos

PIERO LOCATELLI | Para o UOL Tecnologia
De Brasília
O Procon-SP quer que a Telefônica suspenda a venda casada do Speedy e de outros serviços prestados pela empresa, afirmou hoje o diretor-executivo da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor do Estado de São Paulo (Procon-SP), Roberto Pfeiffer. Ele participou hoje (07) de reunião na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados.

Nesta reunião, o presidente da Telefônica, Antônio Carlos Valente, apresentou detalhes sobre o plano de ações para estabilização do serviço de internet banda larga Speedy.

Para Pfeiffer, são dois os principais problemas do plano: não abordar a venda casada e não citar os contratos, que não são claros. "A telefônica tem problemas na redação dos contratos que afrontam a legislação do consumidor", explicou.

"A empresa realiza a venda ao consumidor e muitas vezes não consegue entregar o serviço", lamenta, concluindo que muitas vezes o serviço foi oferecido por um serviço de telemarketing ativo.

Além dos eventos em massa, que atingem toda a região coberta pela Telefônica, também ocorrem interrupções parciais que atingem grande parcela dos consumidores. "Isso é uma constância na prestação destes serviços", analisou.

Antonio Carlos Valente afirmou que a Telefônica pretende adequar sua oferta de produtos, para oferecer serviços de maior qualidade. "Estamos simplificando e enxugando o número de produtos e serviços ofertados, assim como nos certificando integralmente da disponibilidade técnica antes de comercializar um produto ou serviço", explicou.

O Speedy é comumente vendido juntamente com o serviço de televisão a cabo e telefonia fixa oferecidos pela Telefônica, em um pacote conhecido no mercado como triple-play.

A Telefônica responde por um quarto do total de reclamações de consumidores na cidade de São Paulo. A segunda colocada no ranking tem apenas um quarto das reclamações da empresa.

RECLAMAÇÕES SOBRE BANDA LARGA*

Fonte: Anatel
*Dados referentes ao número de reclamações sobre reparos em rede

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