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06/05/2008 - 09h30

Napster vive, mas não é mais o mesmo

SÉRGIO VINÍCIUS | Para o UOL Tecnologia
Em junho de 1999, o então estudante Shawn Fenning criou um programa que permitia aos usuários trocar músicas pela Internet. Músicas, como se sabe, são protegidas por leis de direito autoral e não demorou muito para que grandes gravadoras começassem uma batalha contra o programa e o seu criador.

Vários artistas se revoltaram contra o software, batizado de Napster. A banda de rock Metallica foi a que encabeçou a luta contra o programa e se tornou a garota-propaganda das gravadoras contra o estudante.

Em 2000, foi a vez dos músicos entraram na justiça contra o Napster. Em seu embalo, a RIAA— união das maiores gravadoras norte-americanas— engrossou o coro. E também o caldo para cima do Napster.

No segundo semestre de 2001, a batalha teve fim: o Napster fechou as portas. Em pouco mais de dois anos de existência, entretanto, o programa se tornou o mais popular entre os de troca de músicas, talvez por ser o pioneiro.

Era simples de usar e, devido ao grande número de usuários, tinha uma farta biblioteca de músicas ao alcance de todos.

Apesar do pioneirismo e de ter sido o embrião de todos os programas e tecnologias de troca de música existentes hoje, o Napster tinha um problema: as trocas das músicas passavam por um servidor central. Ao fechar o servidor, o Napster morreu.

Sementes do Napster

Alguns programas vieram imediatamente na esteira do Napster, como o iMesh e o AudioGalaxy. Esses softwares também permitiam que usuários tivessem acesso fácil a arquivos de computador.

O iMesh não tinha no sistema um servidor central. Era um peer-to-peer puro e, por isso, mais difícil de ser fechado. O AudioGalaxy funcionava por meio de uma interface Web e, assim, foi facilmente cassado— embora no pouco tempo que existiu, tenha se mostrado uma ferramenta muito superior ao Napster e os semelhantes.

Eis que, anos depois, e com vários programas e tecnologias que permitem a troca livre de arquivos, como Emule e BitTorrent, o Napster voltou. Tal qual um garoto saído de um reformatório— pelo menos em tese—, chegou ao mercado do jeito que as grandes organizações apóiam: vendendo música, protegendo direitos autorais e concorrendo com softwares de grandes players, como a iTunes Music Store, da Apple.

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