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03/04/2009 - 07h02

Moléculas processando o seu computador

LUIZ FUKUSHIRO | Do UOL Tecnologia
No quesito processadores, o auê todo gira em torno do Core i7, o novo processador da Intel de 45 nanômetros. Os nanômetros aqui citados representam o tamanho dos transistores dentro de um processador. Por sua vez, são os transistores os responsáveis por executar o processamento. Quanto menor os transistores, maior é a sua densidade e menor a distância entre eles, o que facilita o processamento. Resumindo o tecniquês, quanto menor, melhor.

Agora estamos em 45 nanômetros — para se ter ideia, um vírus tem mais ou menos 75 nm. Dá para ficar menor que isso? Segundo João Antonio Zuffo, professor de engenharia elétrica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, é possível. "Em 2010, é bem possível que cheguemos aos 22 nanômetros. Já os 5 nanômetros, poderíamos dizer que em 2025". Isso significa muitos milhões de transistores por chip, o que resulta num megaprocessamento num mínimo de espaço.

Cinco nanômetros equivalem ao diâmetro de uma molécula de insulina, ou seja, chega-se ao nível molecular da matéria. Seria o limite? Ainda não. "Hoje já se fala em quantum dots para computação de memória, deslocamento de redes cristalinas e átomos como pontos de memória. Já existem experiências nesse nível", diz o professor Zuffo. O que tudo isso significa? Bom, difícil de explicar aqui. Resumindo: processamento instantâneo sendo feito por moléculas. Enquanto átomos processam em computadores minúsculos, você roda aquele jogo de gráficos estonteantes como se hoje você estivesse abrindo o Bloco de Notas.

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