O Cadê? era bom no que se propunha: sua equipe e os próprios usuários entravam na página
www.cade.com.br e cadastravam seus sites, produtos ou serviços. Era basicamente um repositório da Web brasileira. E atendia às necessidades dos usuários do Brasil.
Ao usar um sistema inverso do Cadê— que esperava Maomé ir à montanha—, o Altavista saía em busca das informações e agradava aos usuários. O site usava robôs relativamente inteligentes para capturar dados da Web e retorná-los para os usuários.
Juntos, eram os melhores para o público brasileiro e foram os mais populares até o final de 1999. Então, o Google começou a se popularizar: havia sido criado um ano antes. E qualquer um que testava o novo buscador percebia que os outros até eram bons, mas nada que pudesse ser comparado com o novo.
Com um algoritmo esperto e um sistema de ranking baseado em diversas informações cruzadas, o Google retornava aos internautas dados mais relevantes, que eram apresentados de forma hierárquica e que, como um médium, iam ao encontro do que o internauta tinha me mente. E não era mágica, era pura tecnologia.
E essa mesma tecnologia foi a responsável por acabar com o reinado do Cadê? e do Altavista. O Cadê, hoje, pertence ao Yahoo! que tem um bom mecanismo de busca e tentou, na época da aquisição do site brasileiro, usar a marca para dar mais visibilidade ao seu farejador.
Já o Altavista, que reinou de 1995 até o começo dos 2000, ainda resiste. Em seu canto, quieto. E é eventualmente lembrado quando o assunto é tradução, já que foi o pioneiro a deter o BabelFish, ferramenta de tradução de palavras ou sites.