O serviço de banda larga Speedy da Telefônica volta a ser vendido a partir das 08 horas de amanhã, quinta-feira (27). A empresa atende a cerca de 97% da população do Estado de São Paulo.
O Conselho Diretor da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações)
decidiu hoje (26) autorizar a retomada da venda do serviço de internet Speedy, da Telefônica, após mais de dois meses de suspensão.
Telefônica precisa de plano a longo prazo para Speedy, dizem especialistas
Telefônica termina plano de estabilização da rede em julho e investe na capacitaçãoA decisão determina que as vendas podem ser retomadas a partir de hoje, e as ações da empresa serão acompanhadas pela Anatel por 60 dias. Segundo a conselheira Emília Ribeiro, relatora do processo, a Anatel considerou as medidas que estão sendo tomadas pela empresa suficientes. "Ela está quase triplicando a capacidade dela, inclusive melhoria na gerencia de atendimento ao usuário", afirmou.
A informação já foi passada para a Telefônica e para a Comissão de Valores Mobiliários. A comercialização do Speedy está
proibida desde o dia 23 de junho, devido às constantes falhas do serviço.
Na semana passada o conselho
poderia ter liberado a venda, mas o conselheiro Plínio de Aguiar pediu vistas do processo, para analisar melhor as ações da empresa. O Ministro das Comunicações, Hélio Costa, declarou seguidas vezes que a
comercialização do serviço poderia ser retomada, pois a Telefônica sentiu as conseqüências da punição e que a pena deveria ser revista.
Cerca de
200 mil instalações deixaram de ser realizadas por empresas terceirizadas da Telefônica, e como consequência, 5 mil funcionários poderiam ter sido demitidos, além de outros 1.200 postos que não abriram, segundo o Sindicado das Empresas Prestadoras de Serviços de TV por Assinatura e Telecomunicações do Estado de São Paulo (Sitesp).
A suspensão também atingiu consumidores que tinham o Speedy como única opção de acesso à banda larga, segundo a Associação Brasileira de Pequenos Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrappit).
HistóricoNa mesma semana da suspensão, em junho, a Telefônica
foi à Brasília apresentar um plano de contingência, atendendo ao pedido da Anatel. A empresa afirmou que planejava investir R$ 70 milhões para melhorar sua rede.
A principal medida seria duplicar de dois para quatro o número de servidores DNS (Domain Name Service), responsáveis pela "tradução" de URLs (como www.uol.com.br) para endereços de IP (protocolo de internet).
Durante o período foram feitas
especulações quanto à data de liberação das vendas do Speedy, como, por exemplo, em 20 de julho data limite imposta pela Anatel para que a Telefônica apresentasse o plano. Três dias antes (em 17 de julho), no entanto, a Telefônica
anunciou que já havia concluido da primeira fase do plano de recuperação e passou a aguardar pela liberação.
PROBLEMAS GRAVES NO SPEEDY COMPLETAM 1 ANO
02/07/2008 | 20/02/2009 | 06/04/2009 | 18/05/2009 |
Interrupção no Estado de São Paulo | Incêndio em datacenter | Ataques de negação de serviço | Lentidão e intermitência no serviço de DNS |
Aproximadamente 2 milhões de usuários residenciais são afetados, além de órgãos públicos do Governo do Estado de São Paulo e corporações privadas. | Incêndio em prédio da operadora em Barueri afeta datacenter e derruba acesso de clientes à internet | Um ataque de hacker aos servidores DNS da operadora foi responsável pelos problemas de acesso enfrentados pelos usuários | Operadora sinaliza dois períodos de instabilidade na infraestrutura que dá suporte ao acesso à rede mundial de computadores. |