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18/08/2008 - 07h00

Steve Ballmer, da Microsoft: bom administrador, mas pouco flexível

MARCIO PADRÃO | Para o UOL Tecnologia
STEVE BALLMER, DA MICROSOFT
Divulgação
Nome completo: Steve Anthony Ballmer
Cargo atual: CEO da Microsoft
Destaques na área de tecnologia : foi chefe de diversos departamentos importantes da Microsoft, como operações, desenvolvimento de sistemas operacionais, vendas e suporte; ser o sucessor natural de Bill Gates na chefia da empresa
Formado pela Universidade de Harvard em economia e matemática, Steve Ballmer teve uma passagem pela empresa de bens de consumo Procter & Gamble como gerente de produtos assistente. Amigo de Bill Gates desde a época de Harvard, entrou na Microsoft em 1980. Foi o primeiro gerente de negócios da empresa contratado por Gates.

Passou por diversas funções na empresa até assumir o cargo de CEO da Microsoft, em 2000, quando o setor de tecnologia começou a se preparar para a progressiva aposentadoria de Gates e a ascensão definitiva de Ballmer.

Adversário assumido do código aberto, afirmou certa vez que "o Linux é um câncer que se une a um senso de propriedade intelectual em tudo que toca. É assim que a licença funciona".

Ele também não poupa o Google. Foi acusado legalmente pelo ex-funcionário da Microsoft Mark Lucovsky de perder as estribeiras: quando soube que Lucovsky iria para o Google, o executivo teria jogado uma cadeira na mesa do outro e dito aos palavrões: "Eric Schmidt [CEO do Google] é uma mulherzinha. Eu vou enterrar aquele cara, já fiz isso antes e farei de novo. Eu vou matar a droga do Google". Na sua definição, a gigante da Internet "não é uma companhia real. É uma casa feita de cartas".

Sua mais recente investida no mercado de Internet envolveu a aquisição do Yahoo, mas depois de muitas negociações, as duas partes não chegaram a um acordo.

Por que pode se tornar o "novo Bill Gates"?

Ballmer não se tornou o braço direito de Gates por acaso. Suas apresentações efusivas, discursos afiados e agressividade nos negócios marcam sua personalidade.

Além disso, ele acredita muito no potencial dos atuais carros-chefe da Microsoft: o Windows Vista e o Office 2007, que juntos correspondem a 90% dos lucros da empresa.

Desdenha das novidades dos seus adversários, mas ainda tem um grande desafio à sua frente: diversificar a receita da Microsoft com produtos mais inseridos na economia online, para assim fazer frente ao avanço do Google. A malfadada negociação com o Yahoo ainda é vista pelos analistas como uma pedra no sapato do CEO.

Assim como o amigo Bill Gates, também fez fortuna com tecnologia: é o número 43 no ranking de bilionários da Forbes, com patrimônio avaliado em US$ 15 bilhões.
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Na sua opinião, quem será o novo guru da tecnologia?

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