Ao contrário do Win95 e suas cinco versões revisadas, o Win98 contou apenas com uma segunda versão e, mesmo assim, oficial e lançada no mercado. Tratou-se da famosa Windows 98 Second Edition (ou, simplesmente, Win98SE. Lançada um ano depois, em maio de 1999.
Basicamente, o 98SE é a edição com bugs corrigidos (e outros adicionados), suporte mais estável ao hardware USB e, o principal, a inclusão da nova versão 5.0 do Internet Explorer. A partir deste IE5, não tinha mais para ninguém e a Microsoft ganhava o mercado de navegadores por definitivo. O IE5 era mais leve e menos problemático do que o IE4. Se valia a pena ou atualizar não, era outra história.
Havia outras melhoras no 98SE, quase todas voltadas para redes e Internet. Pela primeira vez em ambiente doméstico, computadores em rede podiam compartilhar uma conexão Internet. Também inédito, o suporte nativo do Windows para drives de DVD. Aqui começava o início da era DVD para os usuários domésticos.
Não demorou para o Win98SE tornar-se o sistema operacional de referência no mercado. Além de apresentar correções da versão anterior, ele exigia o mesmo hardware e já estava atualizado ainda mais para Internet, com a nova versão do IE, o DirectX 6.1 (para jogos), um dial-up melhor (1.3) e o Windows Media Player 6.2
Válido lembrar que a maioria das atualizações podiam ser instaladas, separadamente, no Windows 98 original e até mesmo no Windows 95, como foi o caso do dial-up 1.3, que tanto ajudou os marinheiros de primeira viagem no mundo da Internet residencial — e lenta.
Instalação e problemasO Windows 98 exige o dobro do Windows 95: processador de 66 MHz e 16 MB de RAM. O espaço em disco exigido (máximo) é de 350 MB, um assombro para a época. Ainda hoje, uma instalação personalizada do Windows XP pode ocupar menos de 400 MB. A maior parte dos requisitos ocorrem por conta da integração total do IE4 (e o novo visual de web) e os suportes a hardware, que exigiram seu pedaço de código e, consequentemente, de performance.
Instalar o Win98 numa máquina com apenas os 16 MB exigidos era suicídio. No entanto, mesmo em computadores com 32 MB ou 64 MB, a instalação demorava um bom bocado. O maior problema, como sempre se esperava, era no hardware. O Windows fazia nada menos do que três longas detecções. Uma durante a instalação, outra ao final e a última durante a primeira inicialização do sistema operacional.
Por manter quase os mesmos problemas do Win95 no gerenciamento de memória, o resultado é que o Win98 gastava, logo de cara, até 15% mais recursos do que o Win95. Ou seja, mesmo que você tivesse mais memória, o sistema continuaria usando bem mais do que o necessário. Outro problema crítico é a quantidade de programas inúteis que o Windows carrega ao iniciar, logo após a instalação.
Com o passar do tempo, as pessoas entenderam que 90% dos programas inicializados automaticamente são desnecessários. Isto é, quando não causam problemas. Os macetes para ganhar performance no Win98 eram idênticos ao Win95, mudando o papel do sistema de 'desktop' para 'network server' (servidor de rede), ajustando a memória virtual e apagando programas da inicialização.
- Mais sobre Bill Gates e Windows no UOL Tecnologia
- Bill Gates deixa a presidência da gigante Microsoft
- Bill Gates: magnata definiu a tecnologia contemporânea
- Windows 1.0: a estréia do sistema da MS
- Windows NT: ainda tido com um dos bons Windows
- Windows 95: lançamento revolucionou Microsoft
- Windows 98: sistema chegou na era da Web
- Windows 2000: sistema tem fãs ardorosos
- Windows Millennium: até hoje, a versão mais fraca do sistema
- Windows XP: estabilidade como ponto forte
- Windows Server: atualização dos servidores
- Windows Vista: a lentos passos, mostra a que veio
- Microsoft Office:pacote é quase tão popular quanto o Windows
- Mais nos sites parceiros
- Gates: 18 previsões do empresário sobre a tecnologia futura
- Dez momentos marcantes da carreira de Bill Gates
- A era de ouro da Microsoft acabou?
- Frases: 20 citações de Bill Gates
- Podcast IDG Now!: Gates leva consigo a "era do desktop"
- Os planos de Ray Ozzie, o sucessor de Gates