Depois de enfrentar sucessivos episódios de instabilidade, principalmente no primeiro semestre deste ano, a Telefônica anuncia ter concluído a segunda etapa do Plano de Estabilização e Ampliação de sua rede de banda larga Speedy.
Em comunicado à imprensa, a companhia afirma ter ampliado a comunicação entre os usuários do Brasil e os servidores intenacionais, o chamado toll-gate, e ter dividido a rede em blocos para diminuir impactos de possíveis problemas.
Dentre as medidas postas em prática, o backbone IP da Telefônica no Estado de São Paulo teve a capacidade dobrada em duas vezes, passando de 240 para 520 Gbits. Para os usuários, isso significa uma maior capacidade de transporte e contingenciamento no tráfego de dados do Speedy.
A operadora afirma ainda que concluiu as ações de segmentação da rede IP, agrupada agora em blocos para diminuir os impactos para os usuários caso alguma instabilidade venha a ocorrer. A segurança também foi reforçada com a atualização de algumas ferramentas.
O investimento nas reformas, até o momento, foi de R$ 50 milhões, do total de R$ 70 mi anunciados. A Telefônica diz que o valor gasto junto com a melhora na qualidade de atendimento tiveram como efeito a queda no número de reclamações junto ao Procon-SP e Anatel.
Resta ainda uma etapa do Plano de Ampliação da Rede, que criará uma terceira saída para o toll-gate e 100% de contingencimento nos anéis da rede metropolitana, a ser concluída em 180 dias. A primeira etapa, de estabilização da rede, foi entregue em 17 de julho, e contava com a
duplicação dos servidores DNS - equipamentos responsáveis por traduzir endereços de internet (como www.uol.com.br) em endereços IP, além do aumento da capacidade do tollgate e da rede IP.
HistóricoA Anatel publicou despacho no dia 22 de junho
proibindo a venda do Speedy, devido às constantes quedas no serviço durante os 11 meses anteriores. A Telefônica atendeu à determinação e suspendeu as vendas. Durante os dois meses de proibição a empresa
perdeu cerca de 200 mil vendas, de acordo com a média histórica.
Em 26 de junho, a Telefônica antecipou a
entrega de um plano de contingência exigido pela Anatel e anunciou investimentos da ordem de R$ 70 milhões de reais na duplicação dos servidores DNS, a ampliação da saída internacional e o aumento na segurança contra ataques externos à rede. O plano seria feito em três etapas, uma em 30 dias e outras em 90 e 180 dias.
A comercialização do Speedy foi liberada em 27 de agosto e a empresa disse ter vendido
15 mil assinaturas nos quatro primeiros dias. Com a suspensão das vendas, empresas terceirizadas deixaram de atender pedidos da Telefônica e chegaram a demitir funcionários, além de deixar de fazer novas contratações.
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